Se acompanharam o #DesafioMenopausa que fiz nos últimos meses e reportei em diários semanais aqui na Miranda, sabem que perdi cerca de 10 kg. A perda de peso tem coisas ótimas, como a perda de volume (redescobri um guarda-roupa guardado em caixas), maior mobilidade (voltei ao kickboxing e sinto-me feliz a treinar), menos gordura corporal (dos 36 para 26% de gordura corporal, eu perdi 10 kg de gordura que tinha a mais no meu corpo), se fizermos exercício com pesos até algum aumento de músculo (vejo novamente os abdominais e a tonificação surge de dia para dia).
Mas pode ter efeitos menos bons, como a flacidez da pele, de todo o corpo e sobretudo no rosto, e o acentuar de rugas. Não é por acaso que nasceu a expressão Ozempic Face – a perda muito acelerada de peso que o medicamento proporciona, torna-o evidente e há nas redes socias inúmeras fotos comparativas de antes/depois de celebridades para que perceba exatamente o que estou a tentar descrever.
No meu caso, a perda de peso foi mais gradual, cerca de 2 kg por mês, mas ainda assim aos 50s estas alterações podem refletir-se e ninguém quer ficar magro e feio. Por isso foi com grande ânimo que, já a mais de meio da duração do meu desafio, tive oportunidade de fazer o tratamento Liftera, na Clínica Juno. É um “tratamento estético não invasivo que utiliza a tecnologia de ultrassom microfocado (HIFU) para estimular a produção de colagénio e promover o rejuvenescimento da pele” e pode ser usado num protocolo de tratamentos.
A minha experiência com o ultrassom Liftera
Como já tive uma paralisia facial quando tinha 17 anos e fiz imensa fisioterapia na altura, tudo o que são tratamentos e manipulações ao rosto deixam-me sempre um pouco apreensiva, digamos que olho com reserva a que me mexam muito no rosto. O tratamento é feito em três partes, que correspondem a três intensidades do ultrassom. Depois de um condutor, o manípulo que aplica o ultrassom é passado por todo o rosto, seguindo o protocolo de sequência. A primeira intensidade é aplicada pela assistente Elia, as duas seguintes, mais profundas nas camadas da pele, pelo Dr. Júlio. Se é doloroso? Digamos que não é uma massagem, mas também não se pode dizer que seja insuportável.
Adorei um truque que me fizeram e que demonstra como há muita experiência nesta clínica. Depois da primeira aplicação, e sabendo que nas outras o ultrassom é mais profundo, logo mais doloroso, perguntei se ia doer muito. O Dr. Júlio disse-me apenas: não se preocupe. Começou e achei uma dor um pouco maior e estava a pensar que não iria aguentar a terceira dose, que antecipava mais dolorosa. Mas quando acabámos a segunda e passei esta minha preocupação ao cirurgião, a resposta veio com um sorriso sereno: mas eu fiz a terceira primeiro, e agora vamos fazer a segunda intensidade. Ou seja, a mais dolorosa de todas veio no meio, e a última (intensidade 2) rematou o tratamento.
Resultados: efeito lifting e mais elasticidade cutânea
Quanto aos resultados, gostei bastante. Só se notam verdadeiramente passado umas 6-8 semanas. Há uma certa tensão global no meu rosto e sinto que tenho menos rugas no geral. A observação do cirurgião plástico é semelhante à minha: “um ligeiro efeito lifting com aumento da definição da linha mandibular bilateralmente e sua sombra, também aparenta aumento da elasticidade cutânea.” E acrescenta que “este tipo de procedimento está indicado em pacientes com perda ponderal porque o agravamento da flacidez tem tendência a ser minorado e controlado com o uso da tecnologia.”
Eu noto que o meu rosto está mais magro – até há aquela expressão que diz que a partir dos 40 ou cara ou rabo (alusão clara a que ou temos rabo grande ou rosto com rugas) – mas não senti nenhum agravamento nas rugas no rosto. Ou seja, o Liftera no meu caso ajudou decididamente a que a perda de peso não se refletisse negativamente no rosto.
Vejam o "antes e depois":
Aprovado!
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