Estou muito feliz por ter feito este desafio. E sobretudo com os resultados, que já vou resumir abaixo. Hoje começo as minhas férias e acabam-se os relatos semanais, espero sinceramente que tenham gostado e se tenham inspirado.

Com a perda de peso, perdi também alguns dos sintomas da perimenopausa, reduziram-se os calores noturnos e diminuíram as dores articulares nas mãos. Estou convencida de que há uma ligação direta entre o que ingerimos e os sintomas da menopausa, e este desafio reforçou a minha crença. Mostrou-me, no dia a dia, que é possível reduzir alguns deles apenas por comer melhor, fazer mais exercício, aumentar o músculo e mover o corpo. Aquele rolo de gordura que tinha na barriga quase desapareceu e esta será talvez a minha maior conquista física destas semanas.

O peso e a altura são as medidas geralmente utilizadas na avaliação do nosso estado corporal. Esta abordagem nem sempre revela toda a informação e pode mesmo tornar-se incompleta... A quantidade de gordura existente no corpo é muito mais importante para o nosso bem-estar físico do que o seu peso corporal atual, segundo refere o Dr. Pedro Queiroz, nutricionista. Na documentação que nos fornece após cada exame do metabolismo, que fazemos em todas as consultas, pode mesmo ler-se: “É bem possível que um indivíduo muito musculado seja classificado como tendo excesso de peso, utilizando as tabelas normais de peso/altura. Embora, na realidade, possa ter um baixo nível de gordura e uma composição corporal excelente [proporção de músculo e gordura no corpo]. Isto deve-se ao facto do músculo ser muito mais pesado do que a gordura. Pelo contrário, muitas pessoas com um peso considerado ideal podem ter demasiada gordura corporal e muito pouco músculo — uma pobre composição corporal. Assim se compreende a importância de conhecer a verdadeira composição do seu corpo e manter um estado corporal saudável e equilibrado.”

#DesafioMenopausa: os resultados finais do desafio que me devolveu o corpo e a energia
#DesafioMenopausa: os resultados finais do desafio que me devolveu o corpo e a energia

Como se pode ver pelo quadro acima, houve redução na gordura — e não foi pouco. Comecei o desafio com 35,9% do meu corpo de gordura, mais de 10% acima do que deveriam ser os valores normais, que são entre 25,2 e 27,3%. Agora estou dentro dos parâmetros e com vontade de a baixar ainda um pouco mais. A gordura não é nossa inimiga, aliás, ela tem um importante papel no normal funcionamento do organismo e não deve ser elevada, mas também não demasiado reduzida. No meu caso, posso ainda perder um pouco mais, mas estou contente com estes resultados.

Mais músculo, mais energia

Outro dado importante é o músculo. “O corpo humano é constituído por inúmeras células vivas. Desde os músculos, aos órgãos vitais, passando pelas células sanguíneas, todas necessitam e consomem energia. Este consumo energético é diferente em cada pessoa e regula a frequência com que o seu corpo queima calorias. É a chave para o efetivo manuseamento do peso. Assim, é particularmente importante manter ou ainda aumentar o peso da fração celular do seu corpo durante um programa de controlo de peso. A dieta sozinha, sem exercício e sem a supervisão de especialistas, irá reduzir esta tão necessária fração celular. Um baixo peso da fração celular está geralmente associado à falta de exercício físico e possivelmente a escolhas alimentares inadequadas.” Mais uma vez socorro-me das informações d’O Nutricionista. Pois é aqui que sinto que melhorei — e muito — a minha composição corporal: de 29,87% para 36,27%.

Ou seja, em termos muito simplistas, um corpo com menos gordura e mais músculo pode até comer mais calorias (no início podia comer 1468 e no final já posso ir até às 1633), pois queima-as mais eficazmente. É por isso que quem começa a fazer um protocolo de perda de peso, no início pode perder peso rápido mas nem sempre este se espelha nos dados acima. Mas depois de a equação estar, por assim dizer, com os valores mais regulados, é mais fácil manter e continuar a perder.

#DesafioMenopausa: os resultados finais do desafio que me devolveu o corpo e a energia
#DesafioMenopausa: os resultados finais do desafio que me devolveu o corpo e a energia

E agora?

Em relação ao meu peso, idealmente ainda tenho de o baixar para uma janela entre os 59 e 63 kg, e continuo a trabalhar para o fazer. Não por uma questão estética, mas como já referi aqui nestes diários, porque quero ser uma mãe saudável e ter energia para o meu filho que em breve fará 9 anos. E quero o meu corpo, que ainda não entrou na menopausa, mais preparado para ela.

Balanço final

#DesafioMenopausa
Peso: Na balança: no dia da 1ª consulta, 75 kg (a seguir ao almoço). Na última consulta: 67 kg (a seguir ao almoço). No dia em que escrevo este texto em casa, em jejum de manhã: 65 kg.
Centímetros: Cintura, perdi 8 cm; anca, perdi 4 cm.
Como me vejo: Era uma senhora de meia idade com excesso de peso, agora sinto-me uma cota saudável.
Alimentação: Boas rotinas alimentares sobretudo, fazendo escolhas melhores e comendo muito mais vegetais. Para além das escolhas de alimentos, trata-se também das quantidades ingeridas, que sempre foi o meu problema. O hábito de comer menos à noite e de reintroduzir o jejum teve benefícios quase imediatos.
Exercício: Mais magra alguns quilos, também recuperei o gosto de voltar a treinar, e treinos como os desportos de combate vão definitivamente regressar à minha vida. Estava difícil querer treinar com quase 10 kg a mais, já experimentaram fazer um burpee com dois garrafões de 5 litros nos braços?

Gostaram de me acompanhar? Que devemos fazer mais no futuro? Algum outro desafio? Mandem-me uma mensagem no Insta @ritamachado33 para eu me inspirar e propor novas coisas à Miranda.

#DesafioMenopausa: os resultados finais do desafio que me devolveu o corpo e a energia
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Rita Machado sempre teve a comunicação como eixo central – no jornalismo, em agência e na estratégia para clientes. Gosta de conectar pessoas e criar conteúdos. Foi mãe tarde, depois de muitos anos a viajar e divertir-se. Agora, com mais de 50 e na perimenopausa, enfrenta outro grande desafio. Como na maternidade, nunca mais se é a mesma. Mas não baixa os braços: quer envelhecer bem, manter o corpo funcional e aproveitar esta fase da melhor forma.