A mamoplastia de aumento continua a ser, ano após ano, uma das cirurgias mais realizadas em todo o mundo. Contudo, a forma como as mulheres a encaram mudou. Já não se trata apenas de aumentar o volume, mas de equilibrar proporções, corrigir assimetrias e devolver harmonia à silhueta. O objetivo é que o corpo traduza, por fora, a imagem que cada mulher sente por dentro, isto é, com naturalidade, confiança e respeito pela sua anatomia.

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Implante mamário: a posição ideal e a preservação da função muscular

Uma das perguntas que mais frequentemente ouço em consulta é: “O implante fica à frente ou atrás do músculo?”
A resposta depende de cada caso, mas parte de um princípio que considero essencial: não devemos interferir com estruturas que têm uma função importante no nosso corpo. O músculo peitoral, por exemplo, é fundamental para o movimento do braço e do ombro, e por isso, sempre que possível, deve ser preservado. Na maioria das minhas pacientes, o aumento mamário é realizado à frente do músculo. Essa opção respeita a função muscular e, quando o volume é adequado, permite resultados muito naturais e harmoniosos.

Aumento mamário: 

Quando feito com respeito pelo corpo, obedece a três princípios essenciais:

  • Função: Preservar sempre a função muscular e as estruturas saudáveis.
  • Naturalidade: Evitar volumes exagerados (acima dos 400 cc) para garantir proporções harmoniosas.
  • Propósito: A cirurgia é um gesto de autoconfiança e valorização, não de transformação forçada ou resposta a pressões externas.

O segredo do aumento mamário natural: moderação de volume e proporções

Muitas mulheres acreditam que é o músculo que “camufla” o implante, mas isso só é verdade em casos muito específicos, como nas pacientes com baixo peso corporal e pouca espessura de tecido mamário. Na grande maioria das mulheres, existe tecido suficiente para acomodar o implante sem que este se torne visível ou palpável. O segredo está na moderação: volumes exagerados, acima dos 400 cc, por exemplo, alteram as proporções e podem comprometer a naturalidade. A verdadeira beleza de um aumento mamário está em não se perceber que foi feito.

A cirurgia plástica deve ser uma ferramenta de valorização, não de transformação forçada. E, sendo uma cirurgia eletiva, deve preservar tudo o que é funcional e saudável no corpo. Cada músculo e cada estrutura do nosso corpo tem um propósito, e a arte do cirurgião está em realçar a forma sem danificar o que já é perfeito na sua função.

"A verdadeira beleza de um aumento mamário está em não se perceber que foi feito." Dra Ana Silva Guerra

Vivemos num tempo em que a imagem tem um peso cada vez maior, mas a decisão de fazer uma cirurgia estética deve vir de dentro. O aumento mamário é, antes de mais, um gesto de autoconfiança e de reconciliação com o corpo, e não uma resposta à pressão exterior. Mais do que aumentar, trata-se de respeitar. Porque o verdadeiro sucesso de uma mamoplastia de aumento não está no tamanho do implante, mas na harmonia entre quem somos, o que sentimos e o corpo que habitamos.

Diretora da Clínica Ana Silva Guerra, a Dr.ª Ana Silva Guerra é especialista em Cirurgia Plástica e vê na medicina um propósito que vai além de cuidar. Mãe de três filhos, acredita que o impacto da vida está na forma como tocamos os outros, o que a levou a criar o projeto "Mãos de Esperança", oferecendo cirurgias essenciais a quem não tem condições financeiras, em homenagem à sua avó, Esperança.