
Se há algo que continua a gerar dúvidas, receios e até frustração nos pacientes de cirurgia plástica, é a questão das cicatrizes. Apesar da evolução técnica, precisão cirúrgica e sofisticação nos cuidados pós-operatórios, ninguém quer marcas visíveis. Muitas vezes, esse é o fator que leva alguém a adiar ou abdicar de uma cirurgia que poderia ter um impacto positivo na sua autoestima.
Como cirurgiã plástica, ouço recorrentemente as mesmas perguntas: "vai ficar cicatriz?", "vai notar-se muito?", "e se eu fizer queloides?" São preocupações legítimas. A pele, ao cicatrizar, revela mais do que apenas um resultado técnico - mostra como cada corpo reage, envelhece e regenera.
As cicatrizes têm também peso simbólico. Para algumas pessoas são memórias a esquecer; para outras, marcas que afetam a identidade. Por isso, o trabalho do cirurgião exige empatia, escuta e uma abordagem personalizada.
Nem todas as cicatrizes são iguais
Vários fatores interferem na qualidade de uma cicatriz: o tipo e localização da incisão, as características genéticas do paciente, os cuidados pós-operatórios e a exposição solar. Existem técnicas para minimizar estas marcas - como a orientação correta das incisões, suturas internas absorvíveis, protocolos de compressão e hidratação da pele —, mas mesmo com todos estes cuidados, a cicatriz pode não evoluir como esperado.
Por isso, tem havido um esforço crescente para criar soluções menos invasivas que evitem grandes incisões e cicatrizes visíveis.
Menos corte, menos cicatriz, bons resultados
Neste contexto surgem abordagens cirúrgicas mais subtis e menos agressivas. Um exemplo é o Dermalift, procedimento minimamente invasivo que desenvolvi, oferecendo naturalidade, eficácia e discrição.
Trata-se de uma técnica com remoção de pequenas áreas de pele (cerca de 10 mm) que impacta diretamente na flacidez facial. É realizada com anestesia local, sem internamento, com cicatrizes pequenas e discretas. A recuperação é imediata e os resultados naturais.
O Dermalift atua sobretudo em três zonas:
- Testa e sobrancelhas: elevação suave.
- Terço médio e inferior da face: redefinição de contornos.
- Pescoço: combinado com lipoaspiração da papada, para melhor contorno.
É ideal para quem quer melhorar o rosto sem recorrer a um lifting tradicional mais invasivo e com cicatrizes extensas.
Mais do que uma técnica, é uma filosofia de trabalho: fazer o necessário com o menor impacto, respeitando a individualidade e sensibilidade de cada paciente.
"As cicatrizes têm também peso simbólico. Para algumas pessoas são memórias a esquecer; para outras, marcas que afetam a identidade." Dra Ana Silva Guerra.
O futuro da cirurgia plástica é preciso e discreto
O desafio das cicatrizes continuará a existir, mas a boa notícia é que a cirurgia plástica evolui para oferecer soluções eficazes e discretas. Hoje é possível intervir com rigor e subtileza, representando um avanço significativo na especialidade.
Diretora da Clínica Ana Silva Guerra, a Dr.ª Ana Silva Guerra é especialista em Cirurgia Plástica e vê na medicina um propósito que vai além de cuidar. Mãe de três filhos, acredita que o impacto da vida está na forma como tocamos os outros, o que a levou a criar o projeto "Mãos de Esperança", oferecendo cirurgias essenciais a quem não tem condições financeiras, em homenagem à sua avó, Esperança.
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