O ano era 1925 quando a Beiersdorf, detentora de marcas como Nivea e Eucerin, decidiu dar ao seu creme uma nova embalagem. A embalagem amarela com desenhos vermelhos e verdes Art Nouveau foi substituída por uma simples lata de inspiração marítima, azul-escura, com o nome da marca em ponto grande e escrito a branco para oferecer um maior contraste. Esta mudança foi liderada por Juan Gregorio Clausen, então Chefe de Publicidade da Beiersdorf, anunciando a nova imagem com a promessa de que o produto se mantinha o mesmo “pois não pode ser melhorado”.
Do luxo ao quotidiano
A lata que é, agora, um essencial em muitas casas, pela sua consistência e versatilidade, mas também pelo seu preço acessível era, na altura, um luxo. Há 100 anos, uma lata de 150ml custava o equivalente a mais de 75 euros. Hoje, podemos encontrar essa mesma lata por menos de 5 euros.
Grita Loebsack, Presidente da Nivea e Membro do Conselho Executivo da Beiersdorf descreve esta lata, agora centenária, como “um design que une gerações e resistiu ao teste do tempo”, continuando que “Celebrar este aniversário não é apenas honrar uma decisão audaciosa tomada há cem anos, mas também reconhecer a lealdade dos nossos consumidores ao redor do mundo.”
De Hamburgo para o mundo
Cada uma destas latas, desde 1925, começa a sua vida em Hamburgo, na cidade natal da Nivea, mas, a partir daí, viajam para os diferentes pontos de produção Nivea para serem cheias. A marca partilha que, em 2024, foram vendidas, em todo o mundo, quatro latas por segundo.
Para os próximos 100 anos, a Nivea tenciona manter o visual reconhecível além gerações, mas com um maior investimento na sustentabilidade das suas embalagens. Desde o ano passado, cada lata contém, pelo menos, 80% de alumínio reciclado, mas esperam não parar por aí.
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