
Nos bastidores de criação
A Miranda voltou a dividir-se entre desfiles e bastidores, porque é ali, longe das câmaras, que a Beleza ganha forma... e magia. Nos bastidores e nos cabelos esteve a equipa L’Oréal Professionnel, que celebra este ano 20 anos de colaboração com a ModaLisboa. Cláudio Pacheco, Hair Pro da marca, destacou de entre as suas criações dois looks que vamos ver sair da passerelle para a vida real: o bob inspirado nos anos 50 do desfile Béhen e o apanhado em Kolovrat, com o cabelo torcido em cima. Além de Cláudio, e também presença assídua há mais de 20 anos, esteve Helena Vaz Pereira e a sua equipa Griffe Hairstyle e, para apoiar os designers Workstation, Rute Ricardo liderou os hairstylists da Jean Louis David.
Como em todas as edições, a maestrina da grande orquestra de maquilhadores foi Antónia Rosa, que com a sua equipa e o apoio da Kiko Milano, patrocinadora desta edição, foi responsável por todos os looks mais criativos e inspiradores de maquilhagem.
Beleza em manifesto
Sob o tema BASE, a diretora da ModaLisboa, Eduarda Abbondanza, deixou claro o propósito desta edição: “Chegar a uma base é aceitar a responsabilidade de construir a partir dela”. E foi exatamente isso que se viu — uma Beleza que parte do essencial, do natural e do autêntico, mas que não abdica da expressão e da emoção.
Nos desfiles, o equilíbrio entre o cru e o elaborado traduziu-se em rostos frescos, peles luminosas e maquilhagens que parecem invisíveis, mas revelam um trabalho minucioso.
Tendências de maquilhagem
Entre as propostas, 2B, estreia da marca de Bárbara Bandeira, apresentou lábios negros cobertos por gloss, num contraste provocador que refletiu o espírito livre e sem género da coleção. Já em Alves/Gonçalves apostou-se numa maquilhagem que “está mas mal se vê” e uma pele leve e discreta que deixa a roupa ser a total protagonista.
Em Carlos Gil, o dinamismo urbano da coleção Urban Flow traduziu-se em olhares gráficos e luminosos, enquanto Nuno Baltazar mostrou a vertente mais feminina da estação, com lábios em vermelho coral e cabelos apanhados em "banana" descontraída com muitos lenços a dar ênfase a uma silhueta feminina.
Veja neste REELS o que os profissionais dizem sobre os looks que vamos poder transportar da passerelle para a rua.
Cabelos com assinatura
O bob vintage em Béhen, inspirado nos anos 50, foi um dos looks mais replicáveis da edição, a par dos apanhados esculturais de Kolovrat, que ecoavam as formas e texturas da coleção Stone Age. Em Luís Carvalho, a ideia de “união” ganhou expressão em cabelos polidos, com textura subtil e movimento controlado, reforçando a coesão entre as peças e o styling.
Nos desfiles de Arndes e Gonçalo Peixoto, a energia do verão traduziu-se em cabelos leves e fluidos, de aparência natural, mas com brilho e estrutura bem como em alguns apanhados descomplicados. Já em Valentim Quaresma, a Beleza assumiu um tom mais conceptual, com zippers aplicados no rosto e toucas metálicas ou com "espinhos" que pareciam proteger o corpo como uma armadura futurista.
O essencial está na atitude
Nesta edição BASE, a Beleza falou de liberdade e desapego. Entre a naturalidade de uma tez onde quase não se via blush ou contornos demasiado evidentes, a desconstrução dos cabelos e um ligeiro toque punk de alguns looks, ficou clara a mensagem de que o “less is more” continua a ser o novo luxo.
Afinal, quando a maquilhagem parece não estar lá — mas está — é porque o trabalho nos bastidores foi perfeito.
ModaLisboa BASE: os melhores looks de Beleza que passaram pelos desfiles:
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